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Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você!!!! |
Enfim, algo que me desagrada
ocorre e me sinto preso àquilo. Essa dor pode me indicar algo fundamental para
o prosseguimento da existência: a necessidade de fazer novas escolhas.
O luto pelo falecimento de
alguém, pelo fim de um relacionamento, a dificuldade de se conseguir o emprego
almejado, a frustração constante por não receber colaboração de um determinado
ente familiar, etc.
Poderíamos listar inúmeros
motivos pelos quais acabamos por paralisar parcial ou integralmente o
prosseguimento da vida. Chega a tristeza, a revolta… Porém, mais que isso,
acontece o principal: não fazemos novas escolhas.
Somente novas escolhas permitem novos
acontecimentos. Enquanto estiver eu focado em determinado relacionamento ou
fato, mesmo que surjam possibilidades novas em minha vida, dificilmente poderei
percebê-las.
Por exemplo, enquanto estou
focado em um relacionamento terminado recentemente, mesmo que eu fique com
outra pessoa, tudo vai “conspirar contra” esse novo relacionamento.
Tudo o que me desagradar nessa
pessoa vai ser automaticamente comparado com a pessoa do relacionamento
anterior, e tudo que ocorrer na vida da minha ex me despertará mais interesse
do que os fatos da vida da minha parceira atual.
Em suma, eu ainda não escolhi
superar meu relacionamento anterior. Acho que optei por viver um novo
relacionamento, mas na verdade, apenas escolhi ter algo para me distrair da
minha dor.
Fazer uma nova escolha não é
simplesmente fazer uma nova opção. Acima de tudo, é compreender que a opção
anterior não me serve mais. É importante chorar as perdas e frustrações, é
importante se permitir se revoltar, levar para a psicoterapia e etc.
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Fazer uma nova escolha não é simplesmente fazer uma nova opção. |
Fundamental é entrar em contato
com a dor e a sensação de fragilidade que advém de um momento de desilusão,
frustração e perda. E quando essa necessidade de chorar e de se revoltar passa,
chega a parte mais desafiadora: escolher, friamente, superar o objeto de
frustração.
Voltando ao exemplo anterior, não
vou mais escolher saber da vida da minha ex-namorada, e nem vou priorizá-la em
detrimento de minhas vontades pessoais. A ideia é fazer escolhas que provem
para mim mesmo que a vida seguiu, e que não há mais relacionamento com a pessoa
e nem desejo para tal. A mesma coisa se aplica a outras frustrações e perdas.
Evidente que esse texto não tem o
objetivo de traçar uma postura ideal para o leitor. Cada um vai saber de si
quanto ao tempo de luto necessário, ou se realmente quer superar o fato.
Pode ser que não queira, e tudo
bem, que assuma isso e corra atrás. Mas a partir do momento que a dor já foi
grande o suficiente para se buscar uma nova direção, que esta seja tomada com a
sinceridade e a coragem que lhe são necessárias. A vida quando fica travada
nessa contradição – de querer superar algo e não fazer por onde – perde muito
de sua leveza e fluidez.
Muitas vezes um ponto mal
resolvido desses interfere negativamente em todos os outros aspectos da
existência. Quando vem o cansaço da dor, talvez seja a hora de fazer,
verdadeiramente, uma nova escolha…
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